Por muitos anos a ciência negligenciou os estudos sobre depressão na infância e na adolescência. Acredita-se que a falta de estudos a respeito desse transtorno se deu pelo fato de que a idade média do início da depressão seja por volta dos 25 anos.
Crianças e adolescentes podem sofrer com o transtorno depressivo. Muitas pessoas têm a ideia que a infância é um momento de felicidades e alegrias. O mesmo pensamento é aplicado ao adolescente, onde os pais acreditam que é uma fase que passará e que seu filho não tem motivos para estar depressivo, uma vez que não tem responsabilidades e preocupações de um adulto.
Sintomas
Muitas vezes a depressão na infância e adolescência está associada aos seguintes transtornos:
- Transtorno de ansiedade;
- Transtorno de ansiedade de separação;
- Transtorno de conduta ;
- Transtorno desafiador de oposição;
- Transtorno de déficit de atenção;
Crianças e adolescentes que que sofrem ou sofreram maus-tratos, como abuso físico, psicológico ou sexual apresentam grandes chances de desenvolverem um transtorno depressivo.
Tratamento
Quando mais cedo se inicia o tratamento em crianças e adolescentes que apresentam sintomas depressivos, menores serão as chances de que o transtorno se agrave e se estenda até a idade adulta.
Muitos pais questionam sobre a introdução de medicação. Em alguns casos, é necessário a combinação de psicoterapia e medicação, já em outros, apenas a psicoterapia é necessária.
Objetivos da Psicoterapia
Os objetivos no tratamento da depressão irão variar de acordo com cada caso,mas podemos citar alguns deles:
Aumentar o nível de atividades prazerosas;
Focalização de experiências positivas;
Diminuição da desesperança;
Redução dos níveis de ansiedade e estresse;
Aumentar habilidades de interação que gerem gratificação;
Aumentar o senso de auto-eficácia;
Mudar padrões de comunicação;
Identificação de erros do pensamento;
Gerar interpretações mais reais e otimistas;
identificar estratégias de enfrentamento;
reduzir a percepção de complexidade percebida nas situações.
Com os Pais
Melhorar os padrões de reforços dos comportamentos assertivos da criança;
Reduzir práticas punitivas;
Entendimento do funcionamento do jovem;
Fortalecimento da rede social.
Procure ajuda para seu filho. Quanto mais cedo se inicia a intervenção, maiores serão as chances de um desenvolvimento saudável.
Ana Cláudia Vargas da Silva
Psicóloga Clínica
Juiz de Fora-MG
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