
A mitomania ou mentira patológica é a definição do comportamento habitual do mentiroso compulsivo. A mitomania é uma patologia que pode durar por longos períodos ou até por toda a vida de uma pessoa. As mentiras do mitomaníaco, geralmente, estão relacionadas com um assunto específico e só em casos mais graves atingem diversos assuntos.
Há uma grande diferença entre o mitomaníaco e o mentiroso. Para o primeiro a mentira é usada como uma forma de consolo para algo que ele idealizou ser ou ter em sua mente. Já os mentirosos ou fraudadores usam a mentira como um meio para conseguir outras coisas.
Esse distúrbio tem sua origem na supervalorização de suas crenças em razão de uma angústia muito profunda. Diante de suas angústias a pessoa sente a necessidade de contar histórias que o façam sentir de acordo consigo mesmo. Essas histórias consistem em fatos contados que não são totalmente improváveis e têm algum elemento de verdade. Por exemplo, uma pessoa com a necessidade de sentir-se querida ou amada, pode contar histórias em que é grande influenciador de pessoas importantes.
A mitomania ainda é uma patologia pouco estudada e não está presente nos manuais diagnósticos de patologias. O que se sabe é que o mitomaníaco necessita de ajuda profissional, que pode envolver medicações, psicoterapia e o envolvimento da família no tratamento.
É bem incomum que essas pessoas procurem ajuda, pois ao se exporem podem sentir uma grande vergonha pelas histórias contadas. Dizer a verdade é um sofrimento para quem tem mitomania, pois envolve um desequilíbrio emocional considerável.
Pelo motivo das histórias serem contadas com tanta firmeza, faz com que os que o rodeiam acredite. Mas o mais comum é que com o passar do tempo as pessoas comecem a perceber. Porém, o mais importante é que os familiares reconheçam que a mitomania é uma doença e que não emitam demasiados julgamentos, mas sim que ofereçam suporte.
Ana Cláudia Vargas da Silva
Psicóloga
Juiz de Fora-MG
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