As crises de pânico, geralmente, se dão enquanto a pessoa está envolvida em uma atividade normal de sua rotina (trabalhando, estudando...) e de um instante para o outro começa a experimentar um medo avassalador, terror, apreensão e sensação de que pode morrer.
Em um ataque de pânico os sintomas físicos são muito fortes e é comum que a pessoa sinta palpitações, dor ou desconforto no tórax, sensação de que está sufocado ou asfixiado, tontura ou instabilidade, calafrios ou ondas de calor, sudorese, desmaio, tremores ou abalos, medo de morrer, enlouquecer ou de perder o controle. Ao contrário do que muitos pensam, esses sintomas são sentidos de verdade, não sendo apenas imaginação da pessoa.
Quando sentidos em grande intensidade, esses sintomas caracterizam uma crise de pânico. Mas atenção!!! Eu senti isso uma vez, então tenho transtorno do pânico? Não!!! Ter uma crise de pânico não significa que você tenha o transtorno. No transtorno do pânico, essas crises acontecem com muita frequência e não esporadicamente.
Como acontece a crise de pânico? As crises de pânico são tão avassaladoras que impedem com que a pessoa analise o que se passa e muitos desconhecem uma informação importante: essas crises sempre têm um ciclo que se repete inúmeras vezes:
Pacientes com esse transtorno, costumam sempre estar em hospitais e clínicas a procura de explicação para os sintomas gerados por esse ciclo. Sendo esse ciclo um contínuo , é preciso que a pessoa procure ajuda para quebrá-lo, pois com o evoluir das crises muitos tendem a se isolar e a evitar situações que acreditam ser perigosas.
Uma das terapias indicadas para esse transtorno é a Terapia Cognitiva Comportamental, que neste caso trabalha no sentido de mudar crenças, pensamentos e comportamentos que mantêm esse ciclo das crises. Para tal, são trabalhadas e ensinadas técnicas ao paciente, como técnicas comportamentais de controle da respiração e relaxamento até a exposição gradual ao medo e técnicas cognitivas que ajudam na análise e modificação dos pensamentos que desencadeiam e mantêm as crises.
Em alguns casos, o tratamento poderá envolver o trabalho conjunto do psicólogo e de um médico psiquiatra, sendo esse responsável por prescrever medicações para o controle de crises muito graves.
Ana Cláudia Vargas da Silva
Psicóloga
Juiz de Fora-MG
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